‘Sal a Gosto’ vai promover gastronomia nacional

Este evento gastronómico que vai decorrer no Sal, em Agosto do próximo ano, vai reunir chefes internacionais na principal ilha turística do país
Evento gastronómico que vai decorrer no Sal, em Agosto do próximo ano, vai reunir chefes internacionais na principal ilha turística do país para promover e revitalizar a gastronomia nacional. Orçado em cerca de dois milhões de euros já tem o apoio do Estado e um acordo assinado com a Câmara do Sal para a sua realização nos próximos cinco anos.
Ao Expresso das Ilhas, António Adão, um dos promotores do evento, explicou que o ‘Sal a Gosto’ é “um festival gastronómico de promoção da gastronomia. Não apenas da ilha do Sal, mas gastronomia nacional em que vamos, através de apresentações, warmups e eventos parecidos com este nas várias ilhas, promover um festival que sabemos ser diferenciador e que vai permitir que os privados se engajem muito mais porque vão poder ver os seus investimentos e patrocínios rendibilizados com ativações por mais de um ano”.
Numa altura de pandemia, com a economia parada, este é um risco calculado. Ligado à área da publicidade e do marketing, António Adão destaca que investir neste evento vai ajudar não só a recuperar a economia, mas também a trazer novos mercados e novas clientelas ao turismo nacional.
A aposta, explica, é apostar em nichos que não são os do “normal sol e praia que se tem nas ilhas do Sal e Boa Vista”.
“Temos uma gastronomia extremamente rica e temos receitas fantásticas. Esta é, inclusivamente, uma oportunidade para promover e recuperar o receituário gastronómico de Cabo Verde e para promover novos nichos turísticos. Enquanto privados o que sabemos é que vamos trazer competência a concretização do programa do executivo e, portanto, é por isso que estamos todos aqui e merecemos a credibilidade quer da Câmara Municipal do Sal para 5 anos quer do primeiro-ministro” com quem os organizadores irão assinar “um protocolo de interesse nacional”.
Com um orçamento fora do comum para os eventos que normalmente se realizam em Cabo Verde – o ‘Sal a Gosto’ tem um orçamento de cerca de 220 mil contos – os promotores não querem que seja o Estado a avançar com dinheiro do erário público. “O que nós pretendemos não é dinheiro apenas do erário público. Obviamente que o executivo nos patrocina com alguma coisa mas o que queremos é explicar aos privados que este é o melhor cesto para colocação dos seus ovos”. Isto porque, como apontou, com a antecedência de um ano os privados que se associarem a este evento vão ter a possibilidade de, durante o ano que antecede o evento, activarem as suas marcas e recuperarem o investimento inicial feito e ainda obterem rendimentos.
Para o ministro do Turismo “estamos aqui perante um projeto que permite enaltecer aquilo que de bom” que Cabo Verde tem.
Este evento, que vai decorrer no Sal entre 13 de Agosto e 8 de Setembro do próximo ano, “cruza com aquilo que é a visão do governo a nível do turismo e que assenta na possibilidade de valorizar os recursos nacionais. Recursos humanos, recursos patrimoniais, os recursos históricos que nós temos e também culturais e a gastronomia e faz parte da nossa cultura”, apontou Carlos Santos.
“Um destino pequeno como Cabo Verde para querer afirmar-se lá fora e poder ter competitividade terá que apostar naquilo que ele tem e que é só dele. Eu tenho estado a frisar isto, que este é o caminho, o caminho da diferenciação e não o caminho da a da competitividade a nível dos preços” que poderá atrair mais turistas a Cabo Verde e diversificar a oferta do mercado nacional. “Se nós pudermos fazer isto estaremos a dar um grande passo”, assegurou o ministro.
fonte: Expresso das Ilhas